Terminada a fase mais intensiva do cultivo de mudas nativas nas oito aldeias participantes do projeto Ar, Água e Terra: Vida e Cultura Guarani, os indígenas se preparam agora para o incremento de seus roçados. O IECAM entra neste processo no estímulo à produção do alimento, respeitando as técnicas tradicionais Guarani, e na distribuição de sementes e espécies a serem cultivadas.
O aipim, também chamado de mandioca, é um dos alimentos apreciados pelos indígenas e já teve seu cultivo iniciado. A aldeia Pindoty (Riozinho/RS) ganhou 1.200 ramas, a Itapoty (Riozinho/RS) 600 ramas e a Ka’aguy Pau (aldeia Varzinha – Caraá/RS) outras 600. Estas ramas estão incrementando os roçados, pois este ano será colhido o aipim plantado há um ou dois anos atrás.
Em algumas aldeias o hábito de fazer lavouras está sendo recuperado, pois algumas famílias estavam pouco fazendo. A partir do desenvolvimento do projeto, patrocinado pela Petrobras, com seus encontros, discussões e aquisição de ferramentas e sementes as famílias estão entusiasmadas a cultivarem suas lavouras.
Já há casos de persistência. O Sr. Adolfo, ancião da Aldeia da Varzinha (96 anos), sempre cultivou uma área agrícola grande, mas para este ano dobrou o tamanho da área de cultivo. Entusiasmado com o projeto preparou a terra e já iniciou a semeadura de milho. Neste ano pretende cultivar feijão, milho, pipoca, amendoim, abóbora, moranga, batata doce, batata inglesa, aipim, arroz e tabaco. Detentor de um grande conhecimento da agricultura guarani e de um grande amor pela terra, Sr. Adolfo nos comove com a área que está cultivando. Ele é um grande exemplo para os demais.
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