O aumento dos roçados nas oito aldeias que fazem parte do projeto Ar, Água e Terra: Vida e Cultura Guarani tem sido motivo de alegria para os indígenas. Para o karaí (sábio, homem mais velho) Adolfo o cultivo da própria comida é motivo de grande prazer. “A safra das pessoas da cidade é o dinheiro, a minha é o alimento”, diz ele, com seus 96 anos.
Mesmo com a idade avançada ele plantou 2,5 hectares na técnica tradicional guarani, usando como ferramentas um bastão de pau, facão e a coivara. Tudo com o maior respeito à natureza e profundo conhecimento dos seus ciclos e períodos lunares mais adequados. Sua roça conta com uma grande variedade de espécies, como milho, feijão, arroz, aipim, batata, abóbora e moranga.
Desde o início deste mês as oito aldeias têm intensificado o plantio dos roçados, através de conversas com os guarani, definição das espécies cultivadas, distribuição de sementes e plantio de mudas, com o apoio técnico do IECAM. Neste contexto, a lavoura de seu Adolfo vem sendo considerada como uma ”escola da agricultura guarani”.
O projeto Ar, Água e Terra: Vida e Cultura Guarani é patrocinado pela Petrobras através do Programa Petrobras Ambiental.
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